31 de maio de 2011
DESENVOLVIMENTO LOCAL
Como vocês podem ver na figura ao lado, o objetivo é conservar áreas preservadas, que maior relevância para o equilíbrio ambiental local, no núcleo das demais áreas usadas para moradia e atividades econômicas locais.
No Canadá, a proposta de desenvolvimento urbana baseada em Ecoquartier que significa Eco-bairro, ou vizinhança verde, leva em consideração as questões ambientais na concepção de bairros ou na reabilitação destes, mas é essencial o envolvimento dos moradores no processo. Neste caso, algumas medidas adotadas para atingir as metas são:
- Redução do consumo de energia , inclusive priorizar a utilização de energias renováveis (solar, na maioria dos casos).
- Diminuição do uso do carro, incentivar transportes alternativos como ônibus, bicicleta ou caminhada, para isto exige a (re)construção de ciclovias e calçadas.
- Coleta de água de chuva para regar jardins, limpeza das ruas ou alimentar o WC.
- Redução de resíduos, por meio da da triagem para reutilização e reciclagem. Com o resíduo orgânico é feito compostagem nas casas ou encaminhado para áreas designadas para compostagem. O material produzido retorna para ser utilizado em jardins e espaços verdes.
- Promoção da biodiveridade local, com medidas que permitam a flora e fauna locais para florescerem.
- Materiais de construção usados devem ser reaproveitados ou dispostos de maneira adequada.
Mas não é só no Canadá que implantou esse conceito, outros locais, ao redor do mundo, que servem como exemplo: Hammarby Sjostad (Estolcomo) , Hannover , Fribourg-en-Brisgau (le quartier Vauban ) Londres (le quartier BedZED ) distrito BedZED (Londres) , Dongtan (China) , Eva Lanxmeer (Holanda) . E na França: Dunkerque, Besancon, Bourdeaux, Bourges (Cher), Courcelles-lès-Lens (Pas-de-Calais), Grandvilliers, Montévrain (Seine-et-Marne); Montreuil ( Seine-Saint-Denis).
É interessante observar que, nestes locais, campanhas de comunicação são lançadas para incentivar a participação pública na gestão local. Na minha opinião, esta é ainda uma grande deficiência brasileira, é nítida, para quem participa de reuniões de bairro, fórum da agenda 21, núcleos de plano diretor, a falta de investimento em campanhas que incentivem as pessoas a participarem da gestão das cidades e dos seus bairros. A Figura abaixo mostra um exemplo das campanhas lançadas no Canadá.
Mas nem tudo está perdido no Brasil, também temos bons exemplos de desenvolvimento urbano e muitos outros esforços que não podem ser ignorados.
Todos estes exemplos são compostos por elementos fundamentais: a democracia e a boa vontade dos responsáveis pelo planejamento urbano. Na parte que nos incumbe, a democracia, demanda também boa vontade da população, isso por enquanto ainda está em falta na maioria dos casos. Por pior que possa soar esta afirmação, os cidadãos ainda resistem a participar de reuniões de Planos Diretores, Agenda21 ou até mesmo para discutir o bairro, talvez porque o mundo de hoje oferece muito mais alternativa de entretenimento do que se reunir para melhorar o entorno ambiental e contribuir com a qualidade de vida da vizinhança.
Para mais informações acesse os sites abaixo ou pesquise autores como Ignacy Sachs e Jaime Lerner.
22 de janeiro de 2011
Manifesto: Desastres Naturais
Mesmo após os desastres naturais ainda tem gente que crítica os ambientalistas, denominados de ecochatos, tem gente que ainda acha que essas pessoas lutam pela preservação de espécies de animais bonitinhas, mas o que pouca gente ainda percebe é que essas pessoas lutam pela segurança e bem-estar públicos!!! Não é por acaso que certas áreas são escolhidas para serem preservadas.
Por falar nisso a revista Época está de parabéns pela edição N661 , assim como fez no caso das enchentes de Itajaí, a revista trata da catástrofe sem abusar do sensacionalismo sobre as tristes histórias, ela aponta as causas e soluções. Enquanto os orgãos públicos municipais não adotarem medidas preventivas resta à população prestar mais atenção na hora de construir, levando em conta o passado da área, evitando construir em encostas e em locais próximos a rios, lagos e banhados
e o que é pior, aterrá-los. Muitos dos locais afetados não se tratam de casos em que a natureza invadiu as casas, mas sim as casas invadiram a margem menor que a permitida.
O ser humano, no auge de sua prepotência teima em achar que suas tecnologias podem dominar a natureza, o caminho certo é viver em harmonia, saber respeitar os limites e aproveitar os benefícios que ela oferece. Dar um basta nas construções irregulares depende de nós!!!
Galera, Namastê e muita força aos afetados por essa tragédia.
Link Revista Época>
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EIT1147-16091,00.html