15 de dezembro de 2006

Marketing Ambiental

Qualquer ação ou projeto ambiental, mesmo que de maneira inconsciente, utiliza estratégias de marketing em atividades como: criar ou manter uma imagem positiva; persuadir e motivar pessoas envolvidas; estabelecer novos e fortalecer contatos; criar mecanismos para chamar a atenção dos diferentes públicos; captar recursos financeiros.
“Ao não se preocuparem na adaptação de seus ‘produtos’ e de suas mensagens aos seus públicos-alvos, não raramente se isolaram e geraram uma percepção de confronto, de tentativas de convencimento forçado, de imposição ideológica”. Talvez por esta razão, infelizmente, alguns tenham sido alcunhados de “ecochatos”.

Para evitar situações como estas, o planejamento deve ser elaborado não apenas do ponto de vista ecológico, mas, principalmente do ponto de vista dos públicos influenciados. É necessário definir quais são estes públicos, o tipo da influência e a maneira mais eficaz de realizá-la.
Os projetos devem incluir os seguintes itens:

1. Nome (é essencial criar algo coerente com o restante do projeto e que seja diferente dos demais, chamativo)
2. Estruturas
3. Recusos humanos
4. Recursos financeiros
5. Recursos materiais
6. Patrocinadores potenciais
7. Cronograma
8. Local de implantação / áreas afetadas
9. Pontos positivos
10. Pontos negativos.
11. Inovações/Diferencial do projeto .
12. Influências sociológicas, culturais, religiosas, legais
13. Projetos semelhantes que tiveram sucesso. Por quê?
14. Projetos semelhantes que tiveram fracasso. Por quê?
15. Qual a imagem do projeto junto aos públicos-alvos (se já existir uma).

O acompanhamento do cronograma auxilia no controle das atividades e pode indicar o comprometimento da equipe e obter a credibilidade dos patrocinadores, colaborando até com o financiamento de futuros projetos e o apoio do restante dos públicos.
A identificação das influências sociológicas, culturais, religiosas, legais, contribui para o sucesso do projeto. Quando levadas em consideração, podem criar empatia com os públicos influenciados pelas ações. Um estudo minucioso sobre os aspectos psicográficos traz um conhecimento prévio sobre os diferentes públicos:
- moradores, vizinhos da área;
- líderes comunitários, entidades e instituições;
- autoridades;
- imprensa;
- empresas (afetadas e prováveis financiadoras);
- população (geral).

Cada projeto é diferente de outro, mesmo quando implantados na mesma região, os níveis de envolvimento dos públicos, as informações inerentes são modificadas de acordo com os objetivos. Por esta razão, procure sempre colocar-se no lugar de cada um destes públicos e identificar:
- Benefícios racionais, qual o mais importante e a razão.
- Benefícios emocionais, qual o mais importante e a razão.
- Malefícios racionais, qual o mais importante e a razão.
- Malefícios emocionais, qual o mais importante e a razão.

Na próxima etapa, procure alcançar os benefícios e neutralizar os malefícios.

Embora pouco levado em consideração, os projetos e ações ambientais podem ter concorrentes. Nestes casos, determine:
- Quais são as concorrentes.
- Quais as ações, iniciativas e projetos contrários.
- Quais os pontos positivos e os benefícios racionais e emocionais.
- Quais os pontos negativos e os malefícios racionais e emocionais.
- Quais as atividades já desenvolvidas para o “nosso” público e os resultados.

O levantamento de dados deve ser feito por meio de pesquisas. Identifique:
- Quais fontes de dados sobre os públicos e concorrentes contribuem com o projeto.
- Quais foram realizados para o projeto e seus resultados.
- Quais precisam ser realizados complementarmente.

Em seguida delimite os objetivos de acordo com os públicos-alvos. Alguns exemplos: informar públicos; estimular respostas, motivar voluntários, aumentar simpatia pela causa etc.

A comunicação estratégica ressaltará os pontos positivos e benefícios, do ponto de vista dos receptores e não do transmissor. Buscando evidenciar aspectos que dêem credibilidade para ações e projetos ambientais.
Efetivamente, a comunicação, definirá as verbas de divulgação, o período, as regiões, as formas, os meio e os veículos.

De acordo com os autores, outros dois aspectos fundamentais para o sucesso dos projetos ambientais, são o nome e a identidade visual. O nome deve ser chamativo, memorável. A adoção de uma imagem gráfica que represente o projeto deve ser adequada aos objetivos e transmitir informações preservando os aspectos estéticos. Normalmente, é acompanhada de frase que sintetiza o objetivo do projeto.

Para aprender um pouco mais sobre as estratégias de marketing utilizadas em projetos ambientais, observe entidades de sucesso inquestionável como a Fundação Boticário, SOS Mata Atlântica, Projeto Tamar, e outros inúmeros, que têm contribuído, com muita competência, para a conservação da natureza.

Para falar sobre o marketing ambiental, sintetizei o excelente texto de Arlindo Ornellas F. Neto e Heliodoro T. Bastos Filho, publicado no livro “Novos Instrumentos de Gestão Ambiental Urbana” ( São Paulo: EDUSP, 2001).

5 de dezembro de 2006

Dia Nacional das Relações Públicas

Dia 02 de dezembro, comemoramos o Dia Nacional das Relações Públicas. Neste texto reforçarei a atuação deste profissional, tanto para aqueles que o são quanto para os que têm interesse nas atividades de uma profissão que cada vez mais desponta no cenário organizacional das instituições.

O profissional de Relações Públicas planeja estratégias de comunicação, visando desenvolver o relacionamento das organizações com seus públicos interno e externo, estabelecendo diretrizes permanentes para a comunicação organizacional.

Trabalha em áreas como: planejamento comunicacional, pesquisas de opinião e clima organizacional, produção de peças gráficas, planejamento e execução de eventos, cerimonial e protocolo, gerenciamento da imagem empresarial, assessoria e consultoria comunicacional, consultoria política, programas de visita etc.

De acordo com Rodrigo Cogo, consultor e criador do site
Mundo RP "É uma especialidade da Comunicação Social direcionada ao planejamento e gerenciamento de estratégias e táticas de informação, articulando instrumentos impressos, eletrônicos e relacionais com base na melhor adequação entre objetivo da mensagem, linguagem, audiência-alvo e meio de disseminação. Com isto, busca expandir esta consciência entre todos os agentes da organização-cliente e entre todos aqueles de suas relações cotidianas como condição para formação de marcas e idoneidades fortes e duradouras numa co-responsabilidade de empenho e satisfação".

Observa-se que projetos ambientais envolvem e necessitam da compreensão e colaboração de diversos públicos para cada ação a ser implantada. Por exemplo, a criação e manutenção de unidades de conservação, a implantação de projetos de produção limpa, a resposta a acidentes ambientais, etc. Nestes casos as ações de comunicação abrangem diversos públicos: a comunidade, os funcionários, os órgãos públicos, a imprensa, entre outros. “Relações Públicas é o intercâmbio de informações entre uma instituição (empresa, órgão de classe ou governamental) e sua clientela ou grupo social, destinado a estabelecer bom entendimento humano”. (Rone Amorim)


Como base no texto de João Evangelista Teixeira publicado pela Revista Estudos de Jornalismo e Relações Públicas, da Universidade Metodista de São Paulo (junho 2003), “[...] podemos também ser especialistas, principalmente em alguns campos de atuação em que as oportunidades de trabalho se multiplicam na medida em que nos encontramos preparados para somar os conhecimentos gerais da profissão às características específicas de cada setor. O estudo aprofundado de especialidades possibilita o afastamento dos aventureiros e dos oportunistas que, a todo momento, transformam avanços científicos em modismos que têm o único objetivo de sugar recursos financeiros de organizações incautas”

Qualquer que seja a especialidade que o profissional desejar seguir, ele deve estar comprometido e ciente das questões ambientais, pois ela se apresenta como um dos aspectos mais importantes para as organizações que pretendem sobreviver no mundo globalizado e cada vez mais competitivo. As empresas nacionais estão sendo atraídas pelos fundos de investimentos que só se aplicam em organizações que desenvolvem projetos de responsabilidade social e ambiental, chamados de “fundos éticos”. Quatro bancos já adotaram essa prática. “A Bovespa (São Paulo) é a quarta empresa brasileira a possuir um índice desse tipo: o de sustentabilidade empresarial” (REVISTA ISTO É, 19/04/2006, p. 20). A finalidade deste índice é oferecer ao mercado um indicador para as ações de empresas comprometidas socialmente.

Teixeira dá algumas dicas para o profissional que pretende especializar-se nesta área:
- Direcione seus estudos para o tema, formando uma biblioteca própria com autores de reconhecida competência no assunto [...] o profissional de relações públicas, especialista em meio ambiente, deverá estar preparado para conversar com o antropólogo, o engenheiro químico, o advogado, o administrador, o funcionário público, quando estiverem em jogo o planejamento e a administração da comunicação ambiental.
- Leitura sistemática dos periódicos especializados e das publicações que a mídia está a nos oferecer diariamente.
- Estudo de questões paralelas como as legais, biológicas, culturais e todas aquelas com as quais terão que se envolver no futuro.
- Dêem atenção especial as leis que regem as questões relacionadas ao meio ambiente.
- Direcione os trabalhos de dissertação e pesquisa para a questão ambiental, aplicando as teorias e as técnicas de cada disciplina.
- Freqüentem eventos que tenham como o tema central o meio ambiente
- Montem sua rede de relacionamentos incluindo fundações, empresas, ONG’s que se dedicam às questões ambientais.
- Tornem-se voluntários de alguma ONG que lhes de a oportunidade de aplicar na prática, seus estudos e pesquisas, mesmo que por suas múltiplas ocupações, sua dedicação à causa tenha que se limitar a apenas algumas horas.

Os passos acima indicados por Teixeira são essenciais para a especialização em meio ambiente.
Desde 2001, ano que ingressei na faculdade, até os dias atuais, muita coisa mudou e para melhor. Temos pela frente um longo caminho, mas nosso futuro é promissor. Então, seja qual for a área que o profissional de Relações Públicas pretenda seguir, desejo a todos muito sucesso com responsabilidade!

27 de novembro de 2006

Gerenciamento de Riscos

Segundo Antônio Januzzi, da empresa Cavo Serviços e Meio Ambiente, este “tema que é a bola da vez do mundo” tem razões nítidas para ter esta importância. A minimização de resíduos é hoje uma das principais preocupações das organizações, seja para aproveitar mais as matérias-primas ou para poluir menos. Januzzi destacou alguns dados que influem na relevância atribuída a este tema, como:
- são produzidos anualmente cerca de 2,7 milhões de toneladas de resíduos perigosos e apenas 600 mil têm destinação final conhecida;
- menos de 1 % dos municípios tem depósitos adequados para este resíduo.

O Gerenciamento de Resíduos implica em uma série de cuidados, alguns deles: o acondicionamento (qualidade e reações do recipiente utilizado); a homogeneidade dos resíduos, o transporte dos resíduos. “A empresa que efetuar o transporte precisa ser credenciada pelo IAP – Instituto Ambiental do Paraná. O resíduo também precisa ter uma autorização anual do Instituto. Além disso, os motoristas devem ser qualificados para o serviço e os caminhões precisam ter sinalização e equipamentos de segurança para o caso de alguma emergência” (Isis Ferreira, Gestora do meio ambiente da Kapersul, Reciclando - informativo bimestral da Kapersul, ano I n°3)

Ricardo Caleira da Suatrans, empresa de atendimento a emergências químicas, diz que “todos estão sujeitos a um acidente”, o papel do comunicador é o planejar estratégias adequadas pode otimizar a operação de respostas em caso de acidente. “Os acidente ambientais sempre ocorreram, mas o impacto hoje em dia é bem maior com a globalização”. (Guilherme Lage da ALS Consultoria)

“O processo de comunicação de riscos se faz presente em todas as etapas das operações e respostas aos acidentes ambientais, ou seja, na informação do sinistro; no acionamento das equipes de combate; na avaliação do cenário acidental; durante o processo de atendimento; na avaliação de conseqüências (danos à a saúde e segurança do homem, impactos ecológicos e socioeconômicos); na avaliação e no encerramento dos trabalhos; no repasse de informações técnicas à mídia; na divulgação das informações e imagens pela mídia; no contato com a comunidade. “(Revista Meio Ambienta Industrial, ano X ed.57).

Muitas dessas atividades compete a especialistas como engenheiros ambientais, químicos e biólogos. Porém, é fundamental que o profissional de comunicação esteja antecipadamente preparado para os riscos e em caso de acidente, acompanhe e auxilie todas as etapas, para que possa repassar de maneira mais clara possível às informações aos envolvidos, evitando os ruídos na comunicação. Vários grupos sociais podem estar presentes em uma situação destas, como prefeitura, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos, universidades, pescadores, agricultores, ONG’s, comunidade etc. O relações públicas deve levar em consideração as diferentes formações profissionais e culturais para poder planejar as ações de comunicação que serão executadas.

Ainda de acordo com a revista Meio Ambiente Industrial “há necessidade, de um lado, maior preparo dos técnicos envolvidos nas ações de resposta aos acidentes ambientais para saber lidar com a mídia e, de outro, que os profissionais da mídia sejam melhor preparados para atuar em situações de emergência, principalmente com intuito de informar e não de alertar [...] A comunicação de riscos nos acidentes ambientais, dentro das instituições, entre instituições, com a comunidade e com a mídia, é uma ferramenta de extremo poder e é decisiva para o sucesso da resposta emergencial.”

A comunicação de gerenciamento de resíduos e de riscos ambientais deve ser, minuciosa e contínua. Os profissionais envolvidos devem estar cientes das substâncias, riscos e procedimentos, atuando de maneira rápida e eficaz em caso de acidentes.

Dicas de Leitura

A gestão ambiental é multidisciplinar e por esta razão existem publicações com diferentes enfoques. É importante que os profissionais desta área conheçam as inúmeras implicações ambientais dentro das organizações.

Um passo importante para os iniciantes é entender como funciona a comunicação dentro dos sistemas de gestão ambiental. Para isto, indico o livro Estratégia e Implantação de Sistema de Gestão Ambiental – Modelo ISO 14000, Editora Desenvolvimento Gerencial, da consultora em meio ambiente, Maria Suely Moreira. No item 4.4.3 Comunicação, a autora esclarece alguns aspectos entre a norma e as ações de comunicação exigidas por ela, e encerra com exemplos reais de extrema utilidade.

Em todos os projetos ambientais, o direito ambiental define grande parte das ações, com base nas obrigatoriedades estipuladas pela lei. Sugiro a leitura do capítulo VI da Constituição Brasileira para a introdução de um aprendizado. Compreender outras implicações legais dentro das atividades de conservação e preservação ambiental acrescenta um diferencial ao profissional.

A revista Meio Ambiente Industrial é uma verdadeira fonte de informações. Sua publicação é bimestral e destaca as ações ambientais de empresas de diversos segmentos. Além disso, discute e esclarece as questões mais atuais.

A busca por informações ambientais é incessante. Existe uma enorme quantidade de livros e artigos publicados e outros inúmeros sendo lançados. Interar-se de tantos aspectos é um trabalho árduo, mas acredito que o profissional ambiental deve buscar estas informações, pois quanto mais se envolver com a área do meio ambiente, é certo que suas dúvidas e necessidades apontarão as informações relevantes e corretas.

20 de novembro de 2006

P + L

O conceito de Produção mais Limpa possui três vertentes: a econômica, a ambiental e a tecnológica, com a finalidade de aumentar a eficiência das matérias-primas buscando a não geração de resíduos e poluentes. A implementação de ações de P + L é uma estratégia de competitividade que também permitiu aos pequenos e médios negócios a inserção da questão ambiental na sua rotina.
Algumas vantagens da aplicação de sua metodologia são: redução de custos; melhoria do processo produtivo; melhoria do sistema de gestão ambiental; responsabilidade socioambiental; e diminuição do consumo de energia.
Dentro deste contexto, é preciso reforçar que a implantação de estratégias em meio ambiente nem sempre significam altos investimentos financeiros em tecnologia, muitas vezes as ações compreendem um aproveitamento mais amplo das tecnologias já existentes na organização. Por exemplo, a DeMillus, que com uma alteração em uma de suas máquinas de corte de tecido, passou a economizar cerca de 500 mil de reais por ano. Com isso, aproximadamente 99% das empresas tem um ganho não só na questão ambiental, também na econômica.
Outro aspecto relevante dentro da P + L é a continuidade dos procedimentos adotados, por esta razão deve-se motivar a análise constante das ações a fim de obter mais resultados efetivos ao longo de sua aplicação.
Segundo o engenheiro Duvivier Guethi Jr. (REVISTA MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL, ANO X, ed. 57 p. 63) a Produção mais Limpa é uma ferramenta que dá resultados e pode ser quantificada, uma vez que é uma metodologia simples, que não abraça a empresa inteira de uma vez. Como as ações são focadas por área, o comunicador responsável deve elaborar seus projetos de maneira específica. Neste caso, é indicado que trabalhe com projeto/área, e só depois a nível organizacional, garantindo que os aspectos pertinentes a cada área e função envolvidos sejam levados em consideração nos projetos de comunicação.

14 de novembro de 2006

“É cada vez mais importante que as empresas se preocupem com a comunicação ambiental”


Com essa frase, Fernando Altino, consultor em meio ambiente , encerrou o painel sobre Gerenciamento de Riscos na Indústria, durante o VIII Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial em São Paulo, no dia 10 de novembro. O evento contou com a participação de diversos profissionais da área, que debateram temas relevantes, como por exemplo: Créditos de Carbono; Sistemas de Gestão Integrados; Indicadores de Sustentabilidade; Ciclo de Vida dos Produtos; Produção mais Limpa etc.
Nos painéis ficou clara a importância da comunicação ambiental como facilitadora para promover a integração entre equipes, que devem ser multidisciplinares. A implantação de projetos sócio-ambientais afeta a rotina da organização e é preciso auxiliar este processo para evitar falhas na comunicação.
De acordo com Alessandra Costa, da DaimlerChrysler, empresa que possui 14.000 pessoas envolvidas no processo de produção mais limpa, incluindo funcionários, fornecedores e parcerias, “não existe uma metodologia de prateleira que pode ser aplicada nas organizações, mas é fundamental adaptar as estratégias às metas e à realidade de cada empresa para que seja aplicada da melhor forma possível”. Guilherme Heinz, também da DaimlerChrysler, ressaltou que a coleta seletiva é uma forma muito eficaz de envolver as pessoas da organização, pois os treinamentos têm um grande efeito na conscientização.
No painel Responsabilidade Social Corporativa, Débora Seefelder, da ICF Consultoria do Brasil, destacou o desenvolvimento do plano de relacionamento com a comunidade, sendo uma estratégia para alcançar e manter a imagem empresarial positiva, adequando os projetos de acordo com as necessidades e as expectativas das empresas e da comunidade.
Outros aspectos destacados no seminário foram:

- Todos os envolvidos devem estar comprometidos com os procedimentos e instruções;
- Os danos que um acidente ambiental pode causar à imagem da instituição podem ser irreversíveis;
- As ações sócio-ambientais são uma estratégia de competitividade e na maioria dos casos as organizações tem também ganho econômico;
- O setor público deveria dar mais incentivo fiscal para projetos sócio-ambientais e criar leis que auxiliem sua implantação dentro das organizações.

A VIII Feria Internacional do Meio Ambiente Industrial, aconteceu concomitante ao seminário. Expositores de diversos segmentos apresentaram seus produtos, entre eles:

  • ALFAMEC Comércio de Equipamentos de Saneamento Ambiental, que levou alguns equipamentos para demonstrar como eles funcionam;
  • Tropical Flora reflorestadora de madeira nobres e nativas;
  • Moinho Brasil e outras empresas que produzem brindes e produtos artesanais com materiais reciclados;
  • algumas instituições que oferecem curso de especialização e de pós-graduação, como exemplo a faculdade SENAI de São Paulo;
  • Banco Real que possui uma linha de financiamentos sócio-ambientais para pessoas e empresas que buscam preservar a natureza, estimulando o uso de aquecedor solar e o desenvolvimento de programas de reciclagem;
  • Instituto 4R que realiza projetos de conscientização sócio-ambiental e também consultoria na área de gerenciamento de resíduos, tecnologias limpas etc.;
  • Havia ONG’s expondo seus projetos de Educação Ambiental e outros inovadores como o de coleta de óleo caseiro transformado em sabão e garrafa pet transformada em camiseta, da OSCIP Ação Triângulo;
  • Muitas outras empresas nacionais e multinacionais presentes estavam divulgando seus projetos de engenharia, como a Geasanevita; de consultoria ambiental, por exemplo, a APS Associados; de transportes de resíduos, entre outras, a Suatrans e de gerenciamento de resíduos, como a Kapersul.

É importante destacar que a maioria dos stands era totalmente feita com materiais ecológicos, como as mesas de fibra de coco, os cartões de visita e folders com papel reciclado etc.

Não poderia deixar de citar a Revista Meio Ambiente Industrial e a Ambiente Press que juntas organizaram esse magnífico evento.

Gostaria de agradecer em especial ao Carlos Eduardo e a Cláudia Rago, pela atenção e a oportunidade que me deram de estar num evento com organizações, projetos e temas tão importantes. Parabéns pelo evento!

As próximas postagens trarão mais informações que colhi neste evento. Duas atualíssimas dentro das organizações: produção limpa e comunicação no gerenciamento de riscos. Não percam!

4 de novembro de 2006

VIII Feira Internacional do Meio Ambiente Industrial


Estarei em São Paulo nos próximos dias para conferir a VIII Feira Internacional do Meio Ambiente Industrial. Visite o site www.fimai.com.br.

Até mais!

3 de novembro de 2006

Apresentação

Meu nome é Juliana Augusto Clementi, me formei em Relações Públicas em junho de 2006.
Esta página tem a finalidade de difundir a profissão e suas contribuições para projetos ambientais dentro de empresas e ONG's.

Notei a importância de uma divulgação da profissão de RP para os profissionais que trabalham com a área ambiental quando escrevi a monografia "Atividades de Relações Públicas na implantação do ISO 14000 em organizações empresariais" . Foi uma oportunidade de estar em contato com estes profissionais, e durante as conversas notei dois pontos em comum:
1 ° Os resultados finais dos projetos de conservação ambiental dependem, e muito, das pessoas envolvidas, seja comunidade, funcionários, governo etc.
2° Poucos lembram de contratar um profissional especializado em comunicação e meio ambiente para tratar da parte de relacionamento com os públicos envolvidos nestes projetos, porém afirmam que esta seria a estratégia adequada para alcançar as metas traçadas.
Mas porque há poucos profissionais de Relações Públicas envolvidos diretamente com estes projetos?
No decorrer das postagens vocês vão notar que as perguntas são muitas. Meu objetivo principal é despertar os visitantes sobre questões fundamentais, e quem sabe até poder debatê-las para que se aproxime de uma resposta democrática. Meu objetivo também é informar sobre questões que considero relevantes neste contexto. Para isto aceito, e agradeço, sugestões de pauta e informações ambientais. O email para contato é rpambiental@gmail.com.
Mas por que eu resolvi trabalhar nesta área e criar este site?
Ainda sou muito questionada sobre o que Relações Públicas teria a ver com meio ambiente, e mais especificadamente, o que teria a ver com ISO 14000. Espero estar sempre respondendo e reafirmando as respostas mediante aos temas divulgados aqui, mas o mais importante: TEM TUDO A VER. Chegamos a um estágio, que a nível global, é simplesmente impossível ignorar ou negar a urgência de conservarmos a natureza, não apenas por garantir a sobrevivência da espécie humana, mas por entender e aceitar que dependemos da natureza, assim como ela depende da gente, e se você parar para prestar atenção esta importância esta cada vez mais presente no dia-a-dia. Quantas matérias de revistas, jornais impressos e televisivos você tem visto que falam sobre a devastação ambiental?
Outra razão foi porque comprovei, por meio da pesquisa para o desenvolvimento da minha monografia, é que a atuação do profissional de Relações Públicas em projetos ou normas ambientais é muito importante e POR ENQUANTO pouco aproveitada. De acordo com Antonio Carlos Lago, Assessor de Relações Públicas do IBAMA, Jornalista e Coordenador do Grupo de Amigos da ABRP/DF "as áreas ambiental e social continuam sendo espaços que precisam ser explorados pelos profissionais e estudantes de relações públicas" (http://www.abrp.com.br/artigosabrp.htm). Lago ressalta que

"Para que as atividades de comunicação e meio ambiente possam ser exercidas como funções estratégicas nos negócios das instituições, é necessário que sejam reconhecidas pelos níveis de suas estruturas organizacionais, prioritariamente:

  • Pela alta administração, responsável pela definição das estratégias voltadas para os interesses dos governos, acionistas, parceiros e da sociedade;
  • Pelos especialistas, que oferecem seus serviços, negociam com os mercados e atendem os segmentos de públicos de interesse das empresas;
  • Pelo nível institucional, que envolve principalmente os profissionais de comunicação encarregados de estabelecer o posicionamento público das organizações e suas políticas internas e externas. "
Confesso... fiquei aliviada com as informações que colhi até agora, talvez esta seja mais uma razão por ter criado este blog, quero compartilhá-las vocês, relações públicas, profissionais de gestão ambiental ou de projetos de conservação ambiental e todos os demais interessados em contribuir com a conservação da natureza!
Por fim, digo e incentivo todos que desejem ou trabalhem com projetos sócio-ambientais, pois é muito bom quando você descobre que a sua profissão pode colaborar com uma sociedade melhor!