No último dia 28, assisti a mesa redonda DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS CLIMATICAS, dentro da programação da XXX Semana da Geografia – I Simpósio de Geografia do Cone Sul, realização da Universidade federal de Santa Catarina. Participou da mesa, entre outros membros, o cientista Luiz Carlos Molion. O polêmico pesquisador que questiona o aquecimento global antropico, afirmou que a Terra entrará em um período de resfriamento global, os dados que usa como fontes são análises das atividades solares e resfriamento do oceano pacífico interpretadas por mais de três séculos. Esclareceu uma série de fenômenos naturais ocorridos no último século que evidenciam suas afirmações.
O professor da UFAL apontou diversos aspectos sobre as alterações climáticas, e comentou brevemente o surgimento de novas tecnologias, entre elas: carro movido a ar comprimido e sistemas de dessalinização de águas.
O cientista ainda realçou que o equivoco mundial a respeito do aquecimento global, atinge proporções maiores quando a farsa ou omissão de informações é reproduzida por professores do ensino fundamental e nos materiais didáticos distribuídos nas escolas.
Outro aspecto destacado durante sua palestra, e que nos interessa neste blog, é o papel da mídia neste tempo de mudanças. De acordo com o cientista, a mídia atualmente defende interesses economicistas, que limitam suas informações. Ainda de acordo com ele, esse papel da mídia favorece o neocolonialismo, em outras palavras o colonialismo contemporâneo, que domina através de tecnologias e finanças. O atual papel da mídia, deve ser o de investigação das informações!
Algumas atitudes urgentes são: desmistificar as informações a respeito do CO2, o buraco na camada de ozônio e o aumento do nível dos oceanos; desmascarar atividades que agridem o ambiente e a saúde humana, mesmo que isso vá de encontro ao interesse de grandes empresas. Além de despertar o pânico mundial, a respeito das previsões climáticas fundadas em estudos lineares, que não incluem as mudanças ocorridas ao longo da vida do Planeta, este posicionamento da mídia peca por não preparar para adaptação humana neste novo cenário climático.
A ênfase dos nossos problemas ambientais não deveria ser no aquecimento global, e sim no nosso (ab)uso dos recursos naturais que serão essenciais assim como sempre foram , fato que vem sendo ignorado por nossa cultura capitalista, como também na produção de alimentos, pois devemos estar atentos ao que a Terra irá oportunizar para garantir nossa fonte de vida. A mídia também deveria atuar como prevenção de riscos de acidentes ambientais causando até mesmo impactos irreversíveis nos recursos naturais e na saúde humana.
Outro papel essencial da mídia é denunciar as principais causas de desastres ambientais, que na verdade refere-se à ocupação do solo, ou, se preferir, planejamento do território urbano. As áreas que foram afetadas, na grande maioria dos casos, são áreas que há muito tempo sabem-se, não deveriam ser ocupadas, como encostas de morros e proximidades de rios e praias.
A vida humana se desenvolve por meio da comunicação, temos o papel fundamental de levar informações e promover a discussão de novas políticas socioambientais.
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