31 de maio de 2011

Por falar em Comunicação Pública....

DESENVOLVIMENTO LOCAL

O desenvolvimento local, ou planejamento urbano, pode ser usado como estratégia para evitar o impacto das catástrofes naturais. Além do mais, se for planejado de maneira adequada, respeitando os limites e potenciais locais, certamente trarão benefícios para a população residente.
Neste sentido, felizmente, já podemos verificar algumas aplicações, de organizações e pessoas e governos, que buscam adequar às características ambientais e as emergências urbanas às necessidades econômicas e sociais locais. Esse esforço conjura com a efetiva realização do Ecodesenvolvimento, baseado no tripé: Viabilidade econômica, Justiça Social e Prudência Ecológica (Sachs, 2007).
Entre estes exemplos, O Programa Homem e Biosfera (MaB – Man and the Biosphere) da UNESCO, lançado em 1971 e é um programa de cooperação científica internacional sobre as interações entre o homem e seu meio.  Dentro deste programa, As Reservas da Biosfera compõe uma rede mundial de áreas voltadas a Pesquisa Cooperativa, a Conservação do Patrimônio Natural e Cultural e a Promoção do Desenvolvimento Sustentável “Para tanto devem ter dimensões suficientes, zoneamento apropriado, políticas e planos de ação definidos e um sistema de gestão que seja participativo envolvendo os vários segmentos do governo e da sociedade.”

Como vocês podem ver na figura ao lado, o objetivo é conservar áreas preservadas, que maior relevância para o equilíbrio ambiental local, no núcleo das demais áreas usadas para moradia e atividades econômicas locais.


No Canadá,  a proposta de desenvolvimento urbana baseada em Ecoquartier que significa Eco-bairro, ou vizinhança verde,   leva em consideração as questões ambientais na concepção de bairros ou na reabilitação destes, mas é essencial o envolvimento dos moradores no processo. Neste caso, algumas medidas adotadas para atingir as metas são:
  •  Redução do consumo de energia , inclusive priorizar a utilização de energias renováveis ​​(solar, na maioria dos casos).
  • Diminuição do uso do carro, incentivar transportes alternativos como ônibus, bicicleta ou caminhada, para isto exige a (re)construção de ciclovias e calçadas.  
  • Coleta de água de chuva para regar jardins, limpeza das ruas ou alimentar o WC.
  • Redução de resíduos, por meio da da triagem para reutilização e reciclagem. Com o resíduo orgânico é feito compostagem nas casas ou encaminhado para áreas designadas para compostagem. O material produzido retorna para ser utilizado em jardins e espaços verdes.
  • Promoção da biodiveridade local, com medidas que permitam a flora e fauna locais para florescerem.
  • Materiais de construção usados devem ser reaproveitados ou dispostos de maneira adequada.


Mas não é só no Canadá que implantou esse conceito, outros  locais, ao redor do mundo, que servem como exemplo: Hammarby Sjostad (Estolcomo) , Hannover , Fribourg-en-Brisgau (le quartier Vauban ) Londres (le quartier BedZED ) distrito BedZED (Londres) , Dongtan (China) , Eva Lanxmeer (Holanda) . E na França: Dunkerque, Besancon, Bourdeaux, Bourges (Cher), Courcelles-lès-Lens (Pas-de-Calais),  Grandvilliers, Montévrain (Seine-et-Marne); Montreuil ( Seine-Saint-Denis).


É interessante observar que, nestes locais, campanhas de comunicação são lançadas para incentivar a participação pública na gestão local. Na minha opinião, esta é ainda uma grande deficiência brasileira, é nítida, para quem  participa de reuniões de bairro, fórum da agenda 21, núcleos de plano diretor, a falta de investimento em campanhas que incentivem as pessoas a participarem da gestão das cidades e dos seus bairros.  A Figura abaixo mostra um exemplo das campanhas lançadas no Canadá.






Mas nem tudo está perdido no Brasil, também temos bons exemplos de desenvolvimento urbano e muitos outros esforços que não podem ser ignorados.

A cidade de Curitiba é reconhecida internacionalmente, por diversas razões, como cidade modelo, recomendada pela UNESCO na reconstrução das cidades do Afeganistão. Na década de 1990 venceu o premio máximo do meio ambiente no mundo o United Nations Environment Program, da ONU, que em 2001 também apontou-a como melhor capital do Brasil pelo Índice de Condições de Vida (ICV) e segundo melhor Índice de Desenvolvimento Humano dentre as capitais.
Muitos também a conhecessem pelo transporte coletivo integrado. Por ter morado pouco mais de um ano na cidade posso dizer com toda a certeza que não é só propaganda, realmente funciona e isso com certeza é um estimulo para o uso. Outras características chamam a atenção em Curitiba, o ordenamento dos bairros abrange até as áreas de prédios e residências, uma forma de evitar o excesso de prédios altíssimos na mesma área, e garantir a iluminação e ventilação nas residências.
De acordo com os problemas que as cidades enfrentam por causa das enchentes, o que mais me atrai no caso de Curitiba é seu sistema de controle de enchentes. Ainda na decada de 70, Jaime Lerner e sua equipe, se opeseram ao que a maioria das cidades brasieliras estavam fazendo: canalização de rios. Mesmo com os incentivos financeiros para as obras de canalização de cinco rios que percorrem a cidade, formando viadutos de concreto para que eles não inundassem a cidade com todas as chuvas de verão. Ao invez disso, a prefeitura tomou o empréstimo e engenheiros construíram pequenas barragens e backup dos rios em lagos. Cada um deles se tornou o centro de um parque, e se a chuva esta forte, o lago poderá subir um ou dois pés, sem que isso afete as ruas e residências próximas, e ainda oferece uma área de lazer para os cidadãos. Conforme Nicolau Klupel: “Todo rio tem direito a estouro". Nas figuras abaixo é possível observar esses três diferentes aspectos, o trnasporte, a arquitetura urbana e os lagos. 











Todos estes exemplos são compostos por elementos fundamentais: a democracia e a boa vontade dos responsáveis pelo planejamento urbano. Na parte que nos incumbe, a democracia, demanda também boa vontade da população, isso por enquanto ainda está em falta na maioria dos casos. Por pior que possa soar esta afirmação, os cidadãos ainda resistem a participar de reuniões de Planos Diretores, Agenda21 ou até mesmo para discutir o bairro, talvez porque o mundo de hoje oferece muito mais alternativa de entretenimento do que se reunir para melhorar o entorno ambiental e contribuir com a qualidade de vida da vizinhança.
Mas sejamos otimistas, avançamos muito neste sentido, se não estaríamos nem falando sobre o assunto. Acredito que a propaganda e o marketing podem contribuir muito com o envolvimento das pessoas, mostrar a elas o lado bom, as vantagens como morar num lugar limpo, tranqüilo, com qualidade de vida. Isso também traz retornos financeiros para as prefeituras, elas economizam em saúde pública, e em obras re reconstrução de vias que são impactadas pelas enchentes.
Eu compreendo, não é fácil quando ainda vemos cidades como Garopaba, que com todo seu potencial natural e humano, as belas paisagens e a pesca, têm grupos forçando a construção de empreendimentos no principal banhado da região, que vai afetar negativamente não somente os lençóis freáticos, como também seu turismo, porque quando comprometer o abastecimento de água nas casas os visitantes certamente não levarão mais tantas boas lembranças. Mas ainda bem que sobrevivem os locais onde as pessoas tem a oportunidade de experimentar um prato típico da região, feito por pescadores locais, pois muitas vezes nem as atividades econômicas locais não são privilegiadas nesse processo de desenvolvimento devastador.

Mas apesar disso a mensagem que pretendo deixar é positiva, pois em Garopaba e tantos outros lugares, provavelmente na sua vizinhança, existem pessoas que estão se unindo, e discutindo os assuntos locais. O movimento é juntar-se a elas e contribuir com um pouco de idéias e conhecimentos para que as cidades se tornem todas, um modelo ideal para seus moradores. E nós comunicadores, e moradores, temos um campo de aplicação e aprendizado vasto e intenso. Precisamos de mais mentes abertas e investimentos para avançar na comunicação neste sentido, mas o desafio está lançado, e como em tudo na vida, paciência e perseverança e muito amor no coração! Inspiração não falta. 


Para mais informações acesse os sites abaixo ou pesquise autores como Ignacy Sachs e Jaime Lerner.

http://fr.wikipedia.org/wiki/%C3%89coquartier
http://www.eco-quartiers.fr/

22 de janeiro de 2011

Manifesto: Desastres Naturais

Mesmo após os desastres naturais ainda tem gente que crítica os ambientalistas, denominados de ecochatos, tem gente que ainda acha que essas pessoas lutam pela preservação de espécies de animais bonitinhas, mas o que pouca gente ainda percebe é que essas pessoas lutam pela segurança e bem-estar públicos!!! Não é por acaso que certas áreas são escolhidas para serem preservadas.

Por falar nisso a revista Época está de parabéns pela edição N661 , assim como fez no caso das enchentes de Itajaí, a revista trata da catástrofe sem abusar do sensacionalismo sobre as tristes histórias, ela aponta as causas e soluções. Enquanto os orgãos públicos municipais não adotarem medidas preventivas resta à população prestar mais atenção na hora de construir, levando em conta o passado da área, evitando construir em encostas e em locais próximos a rios, lagos e banhados

e o que é pior, aterrá-los. Muitos dos locais afetados não se tratam de casos em que a natureza invadiu as casas, mas sim as casas invadiram a margem menor que a permitida.

O ser humano, no auge de sua prepotência teima em achar que suas tecnologias podem dominar a natureza, o caminho certo é viver em harmonia, saber respeitar os limites e aproveitar os benefícios que ela oferece. Dar um basta nas construções irregulares depende de nós!!!

Galera, Namastê e muita força aos afetados por essa tragédia.

Link Revista Época>

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EIT1147-16091,00.html

1 de junho de 2009

DIVULGAÇÃO DE EVENTO: Conferência Nacional de Comunicação

Ainda com ênfase nos problemas apontados pelo cientista Luiz Carlos Molion, a respeito da mídia, na semana anterior estive presente na 1ª Oficina Pró-Conferência Nacional de Comunicação.

O evento maior, a 1ª. Conferência Nacional de Comunicação, será realizada em dezembro deste ano, e configura-se num acontecimento singular, que dará inicio a mudança neste contexto mercantilista adotado atualmente por nossa mídia nacional.

Como representante de movimentos sociais me coloquei a disposição para a articulação comunitária sobre este evento, porém preferi trazer um texto recebido por email, através da lista do comunica.sc, enviado por Angélica Elisa Sonaglio, que esclarece a demanda e as atividades correspondentes a este evento.

Após a leitura sugiro a todos envolvidos em comunicação que busquem seus colegas para articulação a nível municipal ou estadual, para podermos contribuir com este processo. Resgato que durante os estudos acadêmicos nos confrontamos com o fato óbvio que é o controle da mídia nacional, mas ainda não tinhamos uma oportunidade para reverter este quadro, portanto agora está chegando a hora de podermos exercer nossa livre expressão de comunicador por um mundo mais socialmente justo!

Segue o texto recebido por email:

A Comunicação precisa de mais vozes

Um convite coletivo a indivíduos, grupos e movimentos sociais

A Comunicação livre, alternativa e independente é uma necessidade para o desenvolvimento social e tecnológico das nações pois permite a participação em processos políticos e estimula o surgimento de novos instrumentos para aproximar grupos e indivíduos. Ela também é indispensável para a vida em sociedade, por meio da qual podemos trocar conteúdos, idéias, fazer planejamentos e promover simples conversas.

Contudo, os países mais desenvolvidos economicamente, ao longo da história, deram à Comunicação um papel meramente comercial e as corporações assumiram o papel de produtores para o público considerado como uma grande "massa passiva", seja por meio do rádio, TV e, recentemente, pela internet. O intuito principal dessa estratégia é promover a venda de produtos, idéias (conceitos, estilos, padrões) ou marcas em troca de retornos lucrativos. Nessa lógica, poucas famílias e empresas, com grandes recursos financeiros ou influência política, se apoderaram dos principais meios de Comunicação, restringindo-os a seus interesses particulares.

A Comunicação é um direito de todos, exercido diariamente a partir das relações interpessoais e sociais, e que deve ser garantido. Esse direito não serve apenas para proporcionar o diálogo, mas também contribui para reivindicar e assegurar outros direitos básicos como a saúde, educação, alimentação e moradia. O acesso à informação, gerado pela Comunicação, permite fiscalizar as ações do governo. Produções audiovisual, impressa e online servem como mecanismo de denúncia e cobrança do poder público.

Para garantir a participação plural na Comunicação e o acesso a direitos humanos faz-se necessária, contudo, a modificação das estruturas de acesso aos meios de Comunicação atuais. Deve ser permitido que mais pessoas possam produzir conteúdos. A lógica de que somos apenas receptores precisa ser quebrada, pois essa visão é totalmente desconexa com o novo período que vivemos: da interatividade e convergência das mídias, e das áreas do conhecimento.

No Brasil, os principais espaços formais de Comunicação como o Rádio e a TV abertos também são restritos aos interesses de poucos. São eles, inclusive, que influenciam o desenvolvimento de políticas públicas no país e contribuem para a ausência de uma política nacional de Comunicação coerente com os princípios constitucionais de valorização da cultura e regionalização do conteúdo. Apesar desse cenário negativo, movimentos sociais de comunicação e de outras lutas se juntaram para reivindicar uma participação mais efetiva da sociedade na Comunicação brasileira. Graças a esse árduo esforço, recentemente o Governo Federal anunciou a realização da 1ª. Conferência Nacional de Comunicação, que acontecerá em dezembro de 2009.

A Conferência será voltada para o debate e consolidação de diretrizes que orientarão o rumo da Comunicação do Brasil. Mas só a realização da Conferência não basta. Para que o processo seja efetivo, é preciso que a sociedade se mobilize e ocupe todos os fóruns possíveis de discussão. Vale lembrar que há interesse dos controladores da “grande mídia” em manter o cenário atual ou restringi-lo ainda mais. Dessa forma, mais movimentos sociais, grupos e indivíduos podem dar suas contribuições (de acordo com seu perfil de mobilização), para que a democracia prevaleça na Conferência.

Atualmente, existem vários movimentos e coletivos em prol do direito à Comunicação. No nosso campo de atuação, podemos destacar alguns desses coletivos:

- O Projeto de Extensão Comunicação Comunitária, que visa integrar os estudantes da UnB (de Comunicação ou não) com a sociedade, estimula produções comunitárias, além de construir um vínculo entre teoria e prática e entre conhecimento acadêmico e cidadania.

- O Projeto de Extensão SOS Imprensa, constituído por estudantes universitários, estimula a leitura crítica dos meios de Comunicação, baseados em princípios de cidadania e direitos à Comunicação, fiscaliza os abusos por parte da imprensa. O projeto busca também a criação de alternativas comunicacionais pautadas em estudos de políticas de Comunicação e em práticas já existentes de meios autônomos de Comunicação.

- O Projeto Dissonante (faça-rádio-web-você-mesmo) foi pensado no intuito de estabelecer um espaço virtual por meio da internet para que qualquer indivíduo ou coletivo pudesse criar e manter uma rádio web livre, sem fins lucrativos, que respeite os direitos humanos, estimule a produção e a pluralidade da Comunicação.

- A Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação (Enecos) atua na realização de grandes eventos regionais e estaduais, a fim de possibilitar espaços onde os estudantes de Comunicação possam discutir, trocar experiências e criar alternativas de pensamentos e ações no campo da Comunicação.

- A rádio livre com princípios comunitários Ralacoco se afirma como um espaço experimental por meio do qual todxs podem apresentar programas, aprendendo, na prática, tanto as questões técnicas de operação de uma emissora quanto os princípios de uma Comunicação democrática.

- O Diretório Central dos Estudantes da UnB busca, nessa atual gestão e também o fez na gestão anterior, manter informados os estudantes da UnB sobre as atividades promovidas pela entidade e por outros grupos, a valorização de espaços de divulgação e discussão horizontal como listas de e-mail e trabalha em parceria com outros grupos na discussão sobre a construção da Conferência de Comunicação, na Universidade de Brasília.

É também notável que todos os grupos/entidades relatados estão participando das Comissões Nacionais e Estaduais Pró-Conferência. Perguntamos, então, como mais coletivos, movimentos e indivíduxs podem ajudar na construção da Conferência Nacional de Comunicação? Um caminho é começar com a prática da Comunicação no cotidiano, seja em blogs, programas de rádio, manifestações artísticas ou produções audiovisuais independentes. E também ao participar das Comissões Estaduais Pró-Conferência, levando o debate para o cotidiano de sua comunidade. Para que a Conferência seja de fato participativa ela deve ser, antes de tudo, constituída de pessoas com vontade de transformação social.

Procure se informar quando e onde ocorrem as reuniões das Comissões Estaduais Pró-Conferência. Entre também no site da Comissão Nacional Pró Conferencia em www.proconferencia.com.br e envie e-mail para proconferencia.com@gmail.com para saber mais informações, contatos e conteúdos.

Esse é um convite construído colaborativamente pelos seguintes grupos:

Projeto de Extensão Comunicação Comunitária - COMCOM/UnB

www.unb.br/fac/comcom

Projeto Dissonante - faça-rádio-web-você-mesmo

www.dissonante.org

Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação - ENECOS

www.enecos.org.br

Rádio Ralacoco - livre com princípios comunitários

ralacoco.blogspot.com

Projeto SOS Imprensa

www.unbr.br/fac/sos

Diretório Central dos Estudantes da UnB

www.dce.unb.br

Atenciosamente,

Angélica Elisa Sonaglio

"Ninguém é tão grande que não possa aprender, e nem tão pequeno que não possa ensinar."

Mudanças Climáticas

No último dia 28, assisti a mesa redonda DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS CLIMATICAS, dentro da programação da XXX Semana da Geografia – I Simpósio de Geografia do Cone Sul, realização da Universidade federal de Santa Catarina. Participou da mesa, entre outros membros, o cientista Luiz Carlos Molion. O polêmico pesquisador que questiona o aquecimento global antropico, afirmou que a Terra entrará em um período de resfriamento global, os dados que usa como fontes são análises das atividades solares e resfriamento do oceano pacífico interpretadas por mais de três séculos. Esclareceu uma série de fenômenos naturais ocorridos no último século que evidenciam suas afirmações.

O professor da UFAL apontou diversos aspectos sobre as alterações climáticas, e comentou brevemente o surgimento de novas tecnologias, entre elas: carro movido a ar comprimido e sistemas de dessalinização de águas.

O cientista ainda realçou que o equivoco mundial a respeito do aquecimento global, atinge proporções maiores quando a farsa ou omissão de informações é reproduzida por professores do ensino fundamental e nos materiais didáticos distribuídos nas escolas.

Outro aspecto destacado durante sua palestra, e que nos interessa neste blog, é o papel da mídia neste tempo de mudanças. De acordo com o cientista, a mídia atualmente defende interesses economicistas, que limitam suas informações. Ainda de acordo com ele, esse papel da mídia favorece o neocolonialismo, em outras palavras o colonialismo contemporâneo, que domina através de tecnologias e finanças. O atual papel da mídia, deve ser o de investigação das informações!

Algumas atitudes urgentes são: desmistificar as informações a respeito do CO2, o buraco na camada de ozônio e o aumento do nível dos oceanos; desmascarar atividades que agridem o ambiente e a saúde humana, mesmo que isso vá de encontro ao interesse de grandes empresas. Além de despertar o pânico mundial, a respeito das previsões climáticas fundadas em estudos lineares, que não incluem as mudanças ocorridas ao longo da vida do Planeta, este posicionamento da mídia peca por não preparar para adaptação humana neste novo cenário climático.

A ênfase dos nossos problemas ambientais não deveria ser no aquecimento global, e sim no nosso (ab)uso dos recursos naturais que serão essenciais assim como sempre foram , fato que vem sendo ignorado por nossa cultura capitalista, como também na produção de alimentos, pois devemos estar atentos ao que a Terra irá oportunizar para garantir nossa fonte de vida. A mídia também deveria atuar como prevenção de riscos de acidentes ambientais causando até mesmo impactos irreversíveis nos recursos naturais e na saúde humana.

Outro papel essencial da mídia é denunciar as principais causas de desastres ambientais, que na verdade refere-se à ocupação do solo, ou, se preferir, planejamento do território urbano. As áreas que foram afetadas, na grande maioria dos casos, são áreas que há muito tempo sabem-se, não deveriam ser ocupadas, como encostas de morros e proximidades de rios e praias.

A vida humana se desenvolve por meio da comunicação, temos o papel fundamental de levar informações e promover a discussão de novas políticas socioambientais.

Divulgação de Evento


Aproveitando o assunto da postagem anterior, quem tiver interesse em se interar mais a respeito das discussões sobre o tema cultura e sociedade, não perca este evento:

O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural e da Diretoria de Relações Internacionais, vai realizar, em Belo Horizonte, o Seminário Diversidade Cultural – Entendendo a Convenção tendo como objetivo divulgar e debater o conteúdo e desafios da Convenção da Unesco sobre a Proteção e aPromoção da Diversidade das Expressões Culturais, da qual o Brasil é signatário, juntamente com outros 97 países.

Os debates do Seminário, que acontecerá nos próximos dias 03 e 04 de junho, serão integralmente transmitidos ao vivo pelo website http://webconf.rnp.br/minc Como as inscrições para a participação presencial já estão esgotadas, a transmissão on-line será uma ótima opção para aqueles que não poderão estar presentes no auditório do Espaço Imaculada. Por meio do acesso ao endereço acima nos dias 03 e 04 de junho, os internautas poderão, inclusive, enviar comentários e perguntas aos palestrantes. Acesse aqui o blog do Seminário e saiba mais informações!

Comunicação SID/MinC

Telefone: (61) 3316-2129

E-mail: identidadecultural@cultura.gov.br

30 de maio de 2009

Promoção da Cultural Local

Atualmente, esboço um projeto de pesquisa na área de sociologia, através do Núcleo Transdisciplinar de Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Universidade Federal de Santa Catarina, coordenado pelo professor Paulo Freire Vieira. Através do núcleo de pesquisa, também se busca desenvolver ações educomunicativas, incluindo a produção de um filme que será exibido no próximo evento do fórum, ainda sem data definida.

A partir da minha participação neste grupo multidisciplinar, composto por parcerias como a Epagri, o Rimisp e o Fórum da Agenda 21 de Ibiraquera, o Centro Comunitário de Ibiraquera, principalmente com a contribuição das lideranças locais como a Cidinha e o Sr. Anastácio, despertei para fenômenos essenciais no processo de conservação ambiental.

Destaco a promoção da cultura local. Não somente pelo que se verifica na prática, a teoria também indica que o fenômeno cultural é de extrema relevância no desenvolvimento das comunidades. Podemos ampliar isto aos objetivos de percepção ambiental e fortalecimento social.

De acordo com meu planejamento, teremos muitas oportunidades de compartilhar estas novas idéias que logo mais serão postas em prática. Hoje gostaria apenas de ilustrar com um evento que aconteceu no dia 18 de Abril. A Oficina Preparatória para o V Evento do Fórum da Agenda 21 de Ibiraquera: A riqueza, o canto e o encanto da nossa cultura.

Este encontro reafirmou o compromisso dos cidadãos do local, e o mais importante, de maneira eficiente. O resgate e o incentivo cultural aliado à disseminação e instrução de práticas ambientais, como coleta de água de chuva e ciclo de bananeiras apresentados neste evento, estimula a participação local e traz aos eventos ambientais um clima de superação de problemas!


22 de dezembro de 2008

Conservação de Áreas Verdes nos Centros Urbanos

Nos dias 15 e 16 de dezembro, participei do I Seminário Internacional de Reservas da Biosfera em Ambientes Urbanos, realizado em Florianópolis/SC.

Com o objetivo de discutir, estimular e orientar a conservação de áreas verdes nas cidades e, principalmente na capital catarinense, o evento contou com a participação de autoridades locais e internacionais, entre eles, Miguel Clusener (Coordenador Geral do Programa MAB – UNESCO), Ruben Pesci (Presidente da Fundação CEPA), Clayton Lino (Presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica), e representantes do governo.

Durante o evento foram expostos cases como o cinturão verde de São Paulo. As construções de grandes empreendimentos e casas em encostas de morros e a abertura de rodovias em meio a áreas verdes foram apontadas pelos palestrantes como impactos negativos do crescimento desordenado das cidades. O quadro abaixo apresenta aspectos sociais, econômicos e ambientais dessa relação entre cidades e natureza.


O movimento de conservação da biosfera nas cidades, criado a partir do programa da Unesco, o MAB (Man and Biosfery – Homem e a Biosfera), produz conhecimentos científicos que norteiam as ações dos responsáveis pela gestão dos recursos naturais. A elaboração inclui a participação de pesquisadores, planejadores, responsáveis pela gestão de recursos naturais e populações afetadas. “Seu objetivo geral é obter, tanto a partir das ciências exatas e naturais como das ciências sociais, as bases necessárias para o uso racional e a conservação dos recursos da biosfera, e a melhora das relações globais entre o homem e seu meio ambiente, assim como também para prever as repercussões das ações presentes sobre o mundo de amanhã, pondo assim o homem em melhores condições para administrar de maneira eficaz os recursos naturais da biosfera." (UNESCO 1971)

Incentivar e promover o contato do homem com ambientes naturais faz parte do processo de conservação. Conhecemos a natureza apenas por inscrições em rótulos dos produtos nas prateleiras do supermercado. A dificuldade em estimular a preservação do que não se conhece decorrente da privação crescente de contato direto com a natureza sofrida por populações dos centros urbanos, tem influência no grau de consciência e da participação destes nas ações.

Ao final do evento foi criada uma rede ibero-americana de proteção da biosfera, com o objetivo de auxiliar na divulgação e implementação da conservação das áreas verdes em centros urbanos, fortalecendo grupos de diversos países e difundindo informações que contribuam com suas ações.

Iniciativas como essa já são reconhecidas e implementadas em outras regiões do mundo, por exemplo:

- Na França, as chamadas Ville Durable, Vilas Sustentáveis, com princípios no desenvolvimento sustentável e que contemplam aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais pautadas num urbanismo ecológico

- Na cidade de Montreal, o eco-quartier consiste em um organismo responsável que promove a educação, informação e mobilização os cidadãos do seu distrito. Tem como objetivos a promoção da eco-cidadania Montreal de hábitos de vida, apoio às preocupações ambientais dos cidadãos, melhorar a limpeza dos bairros Montreal, embelezar a paisagem urbana, o enriquecimento do patrimônio vegetal da região.

Particularmente, considero urgente a discussão interdisciplinar e, acima de tudo incorruptível, sobre a maneira pela qual as cidades são desenvolvidas. Estes desastres ambientais no estado onde resido (Santa Catarina), são não somente tristes e alarmantes, mas resultado de um desenvolvimento urbano que desobedeceu aos limites entre a natureza e a civilização. É de conhecimento público a barganha de licenciamento ambiental, permitindo construções em locais sujeitos a inundações. Todos nós, por sermos coniventes e passivos a muitas destas irregularidades, também somos um pouco responsáveis, e na busca por exercer a solidariedade pelos mais afetados nas catástrofes, devemos repensar nossas atitudes sociais, assim como também a falta de atitude.

Para finalizar, existem dois eixos em que a comunicação tem papel fundamental e que gostaria de destacar aqui.

O primeiro é na coordenação de redes, na abertura e manutenção dos canais pelos quais essa vai se comunicar. Não é uma tarefa simples, pois muitos de seus participantes são profissionais envolvidos com outras grandes instituições e possuem suas agendas de compromissos cheias. Portanto, a estratégia deve incitar a participação dos envolvidos. São diversos os meios de comunicação utilizados, como internet, jornais impressos e eventos.

A outra linha com potencial para desenvolver a comunicação, refere-se a integração dos três principais públicos envolvidos no processo de conservação em ambientes urbanos. O quadro abaixo indica a necessidade de estabelecer meios de integração entre diferentes grupos.


Conclui-se que é fundamental executar atividades de comunicação que promovam o diálogo e a troca de informações em busca de um consenso que vá ao encontro da sustentabilidade.

3 de outubro de 2008

REVELAÇÕES SOBRE O CONTINENTE GELADO E SUA GESTÃO AMBIENTAL



A Península Antártica (ou Antártida), exerce uma função essencial para a manutenção do clima global e das correntes oceânicas. É também reconhecida internacionalmente como laboratório natural, fonte de informações e espaço para observações.

O continente é uma região de cerca de 14 milhões de km, 98% cobertos por gelo, exceto por algumas zonas de elevado declive nas cadeias montanhosas. O gelo forma as plataformas, ou banquisas, que se estendem em direção ao mar e quando se desprendem são os chamados icebergs.
Setenta por cento da água doce da Terra estão nessa região. Apesar disso, ela é considerada o maior deserto do planeta em razão do nível de precipitação anual ficar entre 30 a 70 mm, enquanto que em regiões brasileiras do semi-árido como no Nordeste e Sudeste a média é de cerca de 750 mm.
As espécies animais encontradas no local são compostas por lulas, baleias, focas, pingüins e aves como albatrozes e petréis. Para todas elas, o krill é uma importante fonte alimentar. Sua variedade de plantas também é limitada entre espécies de musgos e hepáticas. As condições climáticas locais são tão rígidas (recorde de frio -88oC), que também impossibilitam a formação de uma população humana em caráter permanente, sendo seus moradores temporários os cientistas e pessoal de apoio.

James Cook foi o primeiro navegador a atravessar o continente em 1773, porém somente em 1821 é que aportou o primeiro navio. O século XIX também é marcado por intensa atividade dos baleeiros.

Em janeiro deste ano, eu trabalhava no navio Star Princess, e essa foi a primeira vez que esse navio visitou a região.


Antártida e Gestão Ambiental
A Companhia Marítima Princess Cruises implantou uma série de procedimentos para cumprir com as leis e normatizações de proteção ambiental do continente antártico. Entre elas, a empresa realizou uma palestra para todos os tripulantes, com o objetivo de sensibilizar todos envolvidos durante a passagem pela Antártica. A essência deste blog sempre foi a importância da sensibilização dos envolvidos no processo de implantação de ações de preservação ambiental. Nesta situação o que me instigou foi que me vi do outro lado da minha linha de pesquisa. Por tantas vezes, observei e analisei para quem e de que maneira são elaboradas essas palestras, e desta vez me vi na platéia e com objetivos bem diferentes. Ali eu era uma funcionária que nada tinha a ver com o setor ambiental do navio. Era apenas mais um membro da tripulação, e como tal assistiria uma única palestra através da qual a companhia objetivava sensibilizar para que nos próximos dias eu viesse a cumprir todas as diretrizes ali expostas como: redução de despejo de lixo, cancelamento de lavagem de roupas, banhos rápidos, verificação se passageiros e outros tripulantes estavam cumprindo as normas. Inclusive, deveria notificar o oficial responsável caso, por exemplo, alguém ferisse um animal ou jogasse uma ponta de cigarro no mar.

Ainda pensando nas minhas atividades no Brasil, fui mais além e consegui informações que elucidaram a base das diretrizes e normas estabelecidas, com o intuito de entender como funciona a gestão ambiental do continente mais misterioso, intocado e relevante do nosso planeta e o que ele pode nos ensinar dentro da gestão ambiental de lugares ainda preservados e de relevância ambiental.

O que percebi é que, constitui-se de um conjunto de instituições que delimitam e definem diretrizes, normas e leis em diferentes aspectos. A seguir, estão destrinchadas quais são elas e suas principais atividades relacionadas a gestão ambiental do continente.

1. Tratado da Antártica
O tratado estabelece o quadro jurídico internacional para a gerência de Continente Antártico, visando assegurar a proteção do local, reconhecendo as oportunidades originais para a monitoração e a pesquisa científicas de importância regional e global. O protocolo desenvolvido pelo grupo consiste em 27 artigos e em 5 anexos, que propõem princípios de conservação para a área e definem estritamente como as atividades devem ser conduzidas.
Entre alguns acordos definidos pelo tratado estão:
- Limitação das reivindicações territoriais de modo que tais reivindicações não sejam reconhecidas, disputadas e estabelecidas;
- Estabelecimento das condutas aceitáveis para incluir somente atividades pacificas, investigativas e de cooperação especificamente científicas entre nações;
- Proibição de explosões nucleares e deposição de radioatividade desperdiçada.
- Relatórios anuais das atividades: Todas as companhias de navegação que circulam pela área devem elaborar um plano de avaliação com cópias para todos os membros do conselho, sujeito a comentários. Este plano deve incluir inspeções prévias com relatório, oficiais experientes e treinados, treinamento com os demais, gestão de resíduos, procedimentos em caso de emergência, disseminação de informações continentais.


2. Ato Antártico da Conservação (ACA)
O ACA é administrado pelo National Science Foundation (NSF), uma agência do governo dos E.U.A. Determinados empregados do NSF, em Continente Antártico, são designados oficiais da aplicação, e são responsáveis para assegurar a conformidade com regulamentos. Eles geram autorizações e realizam as inspeções e apreensões das violações identificadas.
Algumas das penalidades civis e criminosas definidas (sujeito à prisão e multa) são:
- Captura de mamíferos, de pássaros ou de plantas nativas;
- Interferência prejudicial aos mamíferos, pássaros ou plantas;
- Entrada em Áreas de Proteção Especial da Antártica (ASPA);
- Introdução de espécies de outras regiões do planeta;
- Introdução de substâncias designadas como poluentes;
- Descarga ou eliminação de poluentes;
- Importação de artigos antárticos.


3. Associação Internacional de Antártida Turismo Operacional (IAATO)
A IAATO foi formada em 1991, com o objetivo de promover e praticar o turismo de segurança e responsabilidade ambiental na Antártica. A organização estabeleceu diretrizes e procedimentos para a proteção do ambiente local, que todos os membros (embarcações, oficiais, equipe de funcionários e turistas) devem estritamente cumprir.
Fornecem diretrizes de funcionamento padrão a fim minimizar o distúrbio dos animais selvagens e proteger cetáceos e aves marinhas, ao assegurar uma experiência de observação da qualidade máxima pela observação responsável, assegurando-se de que os testes padrões normais da atividade diária e sazonal dos animais sejam mantidos.


4. Convenção para a Prevenção da Poluição de Navios (MARPOL)
As provisões do MARPOL da Dinamarca estendem-se dentro da área Península Antártica, a menos que substituído por umas exigências mais estritas do Tratado Antártico ou do Ato Antártico da Conservação.


5. Princess Cruises - Sistema de Gestão e Segurança
A companhia desenvolveu, para todos seus navios, regulamentos que continuam a aplicar-se às embarcações na área Antártida, a menos que substituídos ou acrescidos por regulamentos internacionais ou pelos regulamentos dos E.U.A:

• ENV.0. 1 Padrões ambientais no mundo inteiro para cruzeiros
• ENV.3.1 Plano da gestão de resíduos
• ENV.3.3Plano de gestão dos resíduos perigosos

Entre as suas atividades de minimização da poluição para Antártica estão:
- Cancelamento das atividades de manutenção externa;
- Cancelamento do uso de mercadorias descartáveis nos decks abertos;
- Não é permitido fumar em plataformas abertas (inclusive passageiros
- Não é permitido lavagem da plataforma;
- Não é permitido baixar barcos na água;
- Manutenção de patrulha para auxiliar passageiros na eliminação de lixos e cuidados com objetos que possam vir a cair no mar;
- Fechamento das quadras e armazenamento dos materiais desportivos das áreas externas.




Identificam-se dois aspectos que contribuem para a formulação, cumprimento e fiscalização das diretrizes e normas ambientais na Península Antártica, assim como as penalidades atribuídas às inadimplências.
Primeiramente, o difícil acesso ao continente permite o isolamento geográfico da área conseqüentemente reduz o número de grupos exploradores, numa escala menor isso pode ser observados em outras áreas.
O segundo aspecto refere-se a sua importância na manutenção climática global, pois mesmo os exploradores tendem a ter uma certa cautela ao atuar na região.


“Pense globalmente e haja localmente”
Podemos refletir sobre os diversos aspectos desta postagem e nos empenharmos em buscar soluções nas nossas localidades. Os caminhos são diversos, como identificar áreas ainda preservadas, de difícil acesso, analisar suas maiores potencialidades cientificas, e os principais motivos pelos quais elas devem ser preservadas (neste caso, verificar a existência de espécies endêmicas sempre atribui pontos favoráveis neste sentido).

O esforço coletivo para buscar soluções na área de pesca e turismo também pode ser levantado aqui. Instigar diferentes grupos a discutir as diretrizes e normas existentes, aprimorá-las e criar novas com base em resultados de pesquisas desenvolvidas e conhecimento das comunidades locais. A agenda 21 e órgãos municipais, por exemplo, são extremamente decisivas neste processo. Os resultados alcançados promovem um ambiente seguro e saudável, conservando também suas belezas e características naturais, sendo positivos para moradores, empresas e turistas que buscam lugares com qualidade ambiental para desfrutar suas horas de lazer.

A base da questão é, não somente a Antártida é importante na conservação do clima global, claro ela é indiscutivelmente mais importante devido a uma série de características como já foi falado, mas frente ao estágio do aquecimento global em que nos encontramos, qualquer esforço que venha inspirado no modelo que se tem no continente gelado, vai também ser relevante no contexto local e até mesmo global. Sabemos, por exemplo, que o desmatamento na Amazônia afeta a pluvialidade no interior de Santa Catarina.

Dois princípios que estão em alta, o turismo educativo e monitorado e a pesca regulamentada, para evitar atividades abusivas como pescas feitas com explosivos. Informações divulgados pela MARPOL ou IAATO podem servir de diretriz na elaboraçao de planos locais em turismo e pesca.

Para encerrar, a quem se interessou pelo tema, listei alguns links que certamente podem ser utilizados, não somente para entender mais a respeito da nossa realidade nacional no que diz respeito à pesca e turismo, mas também no desenvolvimento de projetos junto às entidades que elaboram normas e diretrizes, muitas vezes pautadas em pesquisas científicas e em prol da sustentabilidade.


http://www.ibama.gov.br/recursos-pesqueiros/ Vale muito a pena conferir legislação e também o site so CEPSUL (Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (CEPSUL) órgão que visa identificar alternativas potenciais às pescarias com menor impacto sobre o meio.
http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18 Agenda 21
http://www.turismo.gov.br/ Projetos na área de turismo.
http://www.ibama.gov.br/zoneamento-ambiental/areas_prioritarias/ Soldadinho foi eleito como um alvo para a conservação do bioma Cerrado


De volta ao Brasil.


Minha temporada de trabalho em cruzeiro marítimo encerrou em meados de junho, desde então, venho coletando informções atuais para retomar minhas postagens.
Atualmente residindo na ilha de Florianópolis em Santa Catarina, busco me integrar aos grupos de pesquisas e atividades ambientais locais. A Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC - tem sido essencial para isto, pois lá são promovidos eventos que abordam a temática ambiental. Desde que cheguei aqui participei de muitos deles, inclusive da reunião do conselho gestor da APA da Baleia Franca. Aos poucos trarei as informações mais relevantes que eu recolher neste meu processo de me interar do que vem acontecendo nestes últimos meses.

Tenho, também, novidades trazidas da minha viagem. O navio no qual trabalhei passou por diversos países, mas destacarei a Península Antártica e Alaska, devido ao enorme potencial para debater o tema.

Antes de iniciar as postagens sobre a viagem, ressalto dois dos eventos que presenciei na UFSC.

A Mostra “FICA na UFSC” de cinema ambiental. Realizada em agosto, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e da Agência Goiânia de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, e dirigido por Leandro Belinaso Guimarães. O evento foi resultado da 10ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), realizado sempre no mês de junho em Goiás.
Os filmes que mais me chamaram a atenção foram:
· THE JUNGLE BEAT: batida na floresta (Adrian Cowell, Reino Unido / Brasil) – Documentário sobre a atividade madeireira x IBAMA de Mato Grosso, dando destaque para um funcionário chamado Valmir que tem enfrentado situações de risco para proteger o que é de todos nós.
· DELTA, OIL’S DIRTY BUSINESS (Yorgos Avgeropoulos – Grécia)– Documentário sobre a atividade petrolífera com enfoque nos prejuízos comunitários e ambientas de uma empresa que simplesmente ignorou estes aspectos negativos e a guerrilha resultante desta situação.
No mesmo período, destaco a aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Ecologia, que em mesa-redonda debateu o tema ´Ecologia e problemas ambientais`, tendo como palestrantes a procuradora da república em Santa Catarina Ana Lucia Hartmann, o professor da Unicamp Thomas Lewinsohn e o professor da UFSC Danilo Wilhelm Filho.
Dois assuntos levantados durante o evento referiam-se ao caráter cientifico das universidades, na metodologia de formação de profissionais da área, levando em consideração saídas de campo e produção cientifica. O outro assunto, abordou o licenciamento ambiental. De acordo com a procuradora "parte dos empresários do Estado quer simplesmente ocupar os espaços e construir sem nenhuma preocupação com o que está deixando para trás" (http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_276709.shtml ).
A discussão foi alicerçada no equilíbrio entre o desenvolvimento e a conservação.
Na próxima postagem revelarei algumas informações a respeito da gestão ambiental na Península Antártica, o continente gelado.

29 de novembro de 2007

Despedida

Estou de partida para os EUA para embarcar no navio, portanto este blog ficará um período sem atualizações, mas espero que os textos já postados ajudem a todos a esclarecer algumas questões sobre Relações Públicas e meio ambiente. Enquanto estiver lá vou buscar o máximo de informações possíveis paratrazer muitas novidades!

Boas festas de final de ano! Até mais...

Juliana A. Clementi